Estudo feito em ratos mostrou que duas áreas cerebrais associadas ao medo tinham menos atividade em animais mais jovens
O cérebro sofre mudanças na adolescência que suprimem os medos aprendidos na infância, revelou um estudo divulgado esta segunda-feira (10) e que pode explicar porque os adolescentes parecem tão destemidos para seus pais.
Um exame da atividade cerebral em ratos adolescentes demonstraram que as duas áreas do cérebro associadas ao processamento de experiências de medo - a amígdala basal e o hipocampo - tinham menos atividade.
Não se trata de que os ratos adolescentes não tenham conseguido aprender a ter medo, mas seus cérebros não enviavam os mesmos sinais que os ratos adultos ou as crianças.
"Quando os ratos começam a transição para a adolescência, ocorre uma supressão do medo contextual e da atividade sináptica associada", destacou o estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.
Embora possa ser cansativo para os pais, a resposta destemida pode ser útil porque acontece em um momento em que os adolescentes estão explorando e pondo à prova os limites de sua independência, o que não poderiam fazer caso se sentissem de medo.
"De uma perspectiva evolutiva, uma supressão temporária do medo contextual durante a adolescência pode ser altamente adaptativa, pois se produz justamente quando o rato adota condutas exploratórias para sair do ninho", ressaltou o estudo.
FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO
FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO
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